A culpa do nos sobreendividarmos é de quem nos emprestou o dinheiro.
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Ya…já viu? Mas é que se estudar um pouco de economia verá que é mesmo assim. Consegue imaginar? Eu explico: de forma muito simples, tudo o que se deve, é devido a alguem, pelo que o total das dívidas é igual ao total do que se empresta, isto porque a terra é uma economia fechada e não dá para exportar para marte.
Ora, se alguém conseguir poupar demais (o que pode acontecer por uma infinitude de razões) tem de escoar o dinheiro para algum lado porque em economias abertas, ele não vai para debaixo do colchão. Ora, a alemanha poupou muito e o dinheiro teve de sair. As economias periféricas nem pediram dinheiro nenhum, ele entrou cá adentro com taxas de juro reais baixíssimas (proximas do zero) e é assim que o dinheiro entra. Fosse possível ao estado criar barreiras para impedir essa entrada, o estado tinha-o feito, porque é isso que fazem os estados. Só que na UE isso nao era permitido. Quando alguém alertava para os desequilibrios que se estavam a formar, todos disseram que não tinha importância porque a UE não deixava cair nenhum pais, et voilá…
É simples não é? E é que nem precisei de citar marx…
Fantástico. O dinheiro entrou sem que ninguém o pedisse. Provavelmente obrigaram-nos a aceitá-lo.
Os alemães são lixados. Nem será de estranhar se viermos a descobrir que foram eles que nos obrigaram a gastar rios de dinheiro em “elefantes brancos”.
Como anda tudo a tentar passar a culpa para o lado dos credores só estranho que também critiquem agora a falta de crédito. Supostamente, agora, estaria a prestar-nos um tremendo favor.
Nos não o pedimos nem eles o impingiram. O crédito não é uma negócio moral. É um negócio apenas. Havia muito dinheiro e eles ofereceram-no. E isso aconteceu antes de nós irmos à procura desse mesmo dinheiro e a prova disso é que as taxas de juro, na altura, desceram. Se tivessemos sido nos a ir atrás do dinheiro, essas taxas tinham subido… Agora acabou-se o crédito de uma vez só porque se deixou que se criassem enormes desequilibrios. O crédito nunca devia era ter sido tão abundante como foi, mas se o foi, não foi por culpa de quem emprestou nem de a quem foi emprestado, mas por culpa de quem criou o quadro institucional que permitiu que tais desequilibrios ocorressem…
“O crédito não é uma negócio moral”
Quem estava a entrar por esse campo era o Francisco Louçã e não eu.
“mas por culpa de quem criou o quadro institucional que permitiu que tais desequilibrios ocorressem”
Mas convém não desresponsabilizar por completo as outras partes. Quem ofereceu o dinheiro e quem o aceitou tinha a responsabildiade de verificar melhor o risco do negócio. As perdas devem ser repartidas pelos dois e não por terceiras partes que não foram tidas nem achadas nessas transacções.