Tivesse sido outro o “alvo” da Sra Merkel e já teriamos uma dura reacção do socialismo nacionalista português. Ainda assim, estranho a falta de empenho na defesa da despesa pública como “motor do desenvolvimento”.
Alberto João Jardim deu instruções aos departamentos do governo regional da Madeira para dar “prioridade às empresas que actuam” no arquipélago.
Ilegalidades à parte, estou curioso para ver a reacção dos neo-proteccionistas a esta medida jardinista. Por muito que tentem negar, Alberto João Jardim tem implementado todas as políticas que eles defendem, criticado o liberalismo e resistido austeridade que eles dizem ser a origem de todo o mal. Continuo sem perceber a repulsa que lhes causa.

Pese embora confesse necessitar de ajuda financeira “como de pão para a boca”, Alberto João Jardim garante que não vai assinar m programa de assistência financeira “inexequível”. O que no dicionário albertojoãojardinista corresponde à imposição de qualquer tipo de limites ou controlo externo sobre a despesa pública o endividamento.
Para além das habituais e inconsequentes ameças de independência não sei quais serão os seus planos de contingência. Talvez planeie recriar o extinto regime comunista albanês que a facção UDP do BE garantia ser o “sol da terra” e o “futuro da humanidade. Tal como estes, os madeirenses poderão gozar assim a sua plena soberania e manter o regime socialista, longe do colonialismo português. Talvez encontre aqui aliados para o seu projecto. (Bastante) Pobrezinhos mas honrados.
Nota: Custou mas, finalmente a esquerda começa a reconhecer Alberto João Jardim como um dos seus.
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É assim que se combate a crise. Pelo menos segundo algund “especialistas”
Não sei que legitimidade terá um socialista para a Passos Coelho que retire a confiança política a Alberto João Jardim [AJJ]. Se quisesse ser coerente teria de aplicar seu discurso sobre a “irresponsabilidade da despesa” que faz” aos anteriores governos socialistas. Ainda assim. Julgo que tem razão quando exige uma clarificação ao Primeiro-Ministro. Este não pode fingir que não é também líder do PSD, o mesmo de [AJJ]. Como já sublinhou o ministro das finanças, o que passou foi uma “grave irregularidade”. Os responsáveis deverão sofrer sanções começado logo ao nível partidário. Mesmo que isso implique a perda da Madeira para o PSD (não tenho dúvidas que AJJ vencerá as eleições de qualquer forma).
Juro que não percebo o ódio que lhe votam. Alberto João Jardim tem tudo para ser um ícone da esquerda portuguesa. Numa altura de crise generalizada e a braços com um colossal “buraco” nas finanças regionas, o presidente do governo regional culpa o “poder financeiro” e garante que não despedirá funcionários públicos nem irá rever o programa de obras públicas. Não é exactamente isto que os cainesianos continentais reclamam? Nada, nem o a falta de financiamento, parece capaz de parar o socialismo madeirense. Alguém (que não eles) pague a conta. Mais ou menos como na história das eurobonds.