Rangel sugere agência nacional para ajudar portugueses que queiram emigrar
Para além de propor uma agência que iria concorrer com privados que já desempenham essa função, à semelhança da esquerda (e de alguma direita, convém referir), Paulo Rangel acha que compete ao governo arranjar empregos.

Consta que ontem Pedro Passos Coelho terá aconselhado os professores a emigrarem. Não foi bem assim. Não existe nenhum apelo directo à emigração e a leitura integral da notícia conta uma história muito diferente. Pedro Passos Coelho limitou-se a dizer que não haverá lugar para todos (espanto!!) e que quem não quiser trabalhar noutras áreas (para evitar o desemprego, entenda-se) poderá pensar em procurar colocação nos países lusófonos onde terá algumas vantagens comparativas e onde existe procura para a sua especialização.
Como escreve o Carlos Fernandes, muitas reacções parecem vir de crianças mimadas que fazem birra quando não lhes é satisfeito o capricho e que, talvez por direito divino, lhe é devido um emprego.
Não se espero grande grandes rasgos de honestidade de certas pessoas mas confesso que esperava que outros lessem a notícia toda. Como escreve o Francisco Teixeira, “O que deveria dizer o primeiro-ministro? Deveria vender ilusões?“. Deveria dizer que todos tem emprego garantido? Acrescento, eu. Não adianta culpar o governo pelas consequências da evolução demográfica e ao contrário do que pensam os socialistas nem tudo se resolve por decreto-lei.

A propósito do artigo do Público recomendo os posts que o Prof Álvaro Santos Pereira tem dedicado ao tema no Desmitos.
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