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Lt Spinmaster, himself

“A nossa obrigação é não deixar o País numa situação de alarme”. É assim que o ministro da Presidência justifica o facto de José Sócrates ter feito uma declaração ao País sem revelar as medidas do plano, mas com muitos desmentidos a notícias veiculadas pela comunicação social.

Começa a ser difícil achar um mínimo de coerência nas declarações dos socialistas. Mesmo assim vou tentar perceber a lógica de Pedro Silva Pereira (e de José Sócrates). Vamos lá ver. Para sossegar uma população ansiosa nada melhor do que dizer o que não foi acordado com o BCE/UE/FMI do que dizer o que realmente consta do memorando. É isto? Não. Realmente não tem qualquer tipo de lógica.

E agora, Saldanha?

Perante as declarações da troika. O ilustre deputado e ardente patriota Saldanha Galamba tenta aqui defender a honra de José Sócrates mas o resultado é pior que uma música do Zé Cabra.

PS: Pois é, Adolfo. Acho até que ele levou prepositadamente o país à bancarrota só para ensinar uma lição a esses tipos.

E agora, José?

Jornal de Negócios

a) Não era necessário ter pedido ajuda mais cedo. A crise foi despoletada pelo “chumbo” do PEC IV

O representante da Comissão Europeia disse que se Portugal tivesse pedido ajuda mais cedo, a cura de austeridade poderia ter sido mais leve.(…)A mesma tese foi defendida pelo seu colega do FMI. “O atraso complica sempre as coisas e torna-as mais dolorosas. O desemprego acabou por subir mais do que o necessário”, exemplificou Poul Thomsen.

b) O programa de ajustamento vai ser “levezinho”

Ambos, a par do representante do BCE, Ramus Rüffer, negaram ainda a mensagem que havia sido transmitida por José Sócrates de que este programa seja mais leve do que o exigido à Grécia ou à Irlanda.

c) O programa de ajustamento é igual ao PEC IV

Kröger precisou (…) que o PEC IV, chumbado pela oposição, foi um “bom ponto de partida, mas não era suficientemente abrangente”. “Tinha elementos muito positivos em termos orçamentais, mas não era suficientemente profundo em termos de reformas estruturais”, acrescentou.

A maquina de desinformação socialista novamente desmentida pela troika. Ainda não conseguiram infiltrar um “abrantes”.

Lá mais para Junho, não é?

Cerca de 50 mil milhões de euros deverão chegar já em Junho. Mas Portugal ainda não sabe o juro que vai pagar

Auditoria externa às PPP

Parece que o governo socialista irá ser forçado a aceitar a tão temida auditoria externa . Para apenas à PPP (alinea 3.19 – p12)

The Government will recruit a top tier international accounting firm to undertake a more detailed study of PPPs in consultation with INE and the Ministry of Finance. The review will identify and, where practicable, quantify major contingent liabilities and any related amounts that may be payable by the Government

O que Sócrates não quis dizer ontem

Segundo o fontes contactadas pelo Financial Times, o acordo com o FMI/UE/BCE irá implicar um imposto especial para pensões acima dos 1500 euros, o congelamento do vencimentos da função pública e pensões até 2013, a redução do subsídio de desemprego para 18 meses (dos actuais 36) e com um valor máximo de 1048 euros (dos actuais 1258 euros) e a suspensão e a reavaliação da viabilidade de novas obras públicas e PPP’s. Outas medidas são o aumento do IMI (e IMT?), novos limites nas deduções à colecta e a redução do pessoal na administração local e regional (?). Espera-se que o “pacote” de privatizações consiga angariar 5.3 mil milhões de euros.

Então?

Um responsável comunitário contrariou as declarações de Sócrates de que o programa de resgate a Portugal é menos severo do que os da Grécia e Irlanda. E sublinhou que acordo ainda não está finalizado.

Que parvo que fui

Vi ontem a comunicação do “engº” Pinto de Sousa e fiquei com a impressão que a famosa “troika” veio cá para dar um voto de louvo ao ao governo socialista.

PS: E quem era aquele figurante atrás dele?

Eu preferia ser pago em arroz e batatas

Governo nega que FMI tenha proposto pagamento de subsídios com lixo tóxico

Discutir a crise, com racionalidade

“Vamos ser racionais?” (1, 2 e 3) de Vítor Bento (Sedes)

Nas conversas que por aí andam sobre a dívida portuguesa, os mercados, os especuladores e a possível “vinda do FMI”, há muita emoção, mas pouca razão. Tentemos analisar o que está em jogo (numa série de 3 posts)