“Corre veneno puro nos fontanários de Belém” de Ana Sá Lopes (i)
Back to Verão de 2009: uma “fonte de Belém” resmungou ao “Público” um conjunto de desabafos que favoreciam a ideia de que o Presidente suspeitava estar a ser vítima de “vigilância” por parte do governo Sócrates. (…) Para se vingar de uns socialistas (José Junqueiro e Vitalino Canas) que criticaram a participação de elementos do gabinete presidencial na preparação do programa do PSD, a poderosa “agência de comunicação” de Belém lançou veneno puro na campanha eleitoral que se aproximava.(…)
O folhetim teve qualquer coisa de novela latino-americana. Nos primeiros dias a presidência não desmentiu – deixou pousar. No fim da campanha eleitoral, Cavaco Silva fez uma comunicação ao país em que, obviamente, se vitimizou. Foi um momento patético que deixou feridas dentro de vários sociais-democratas muito próximos de Belém. Afinal Cavaco tinha acabado por contribuir para a destruição total da campanha de Manuela Ferreira Leite, sua íntima amiga e líder do PSD na altura dos trágicos acontecimentos.