The Real ‘Iron Lady’ no Morning Bell (Heritage Institute)
(via Rui Carmo)
The Real ‘Iron Lady’ no Morning Bell (Heritage Institute)
(via Rui Carmo)
Vital Moreira, visivelmente agastado com a posição britânico no último conselho europeu:
“O Reino Unida nunca esteve whole-heartedly na intregração europeia. Já tinha ficado de fora do Euro, do espaço Schengen, da Europa social, da Carta de Direitos Fundamentais da União Europeia. Um pé dentro, o resto do corpo fora. Só lhe interessa o mercado interno, mesmo assim desde que não fira os seus interesses específicos, como no caso dos serviços financeiros. É tempo de dizer ao Reino Unido: devem decidir-se de uma vez por todas, não podem ter só o que querem. A UE não é um buffet, onde cada um escolhe o que quer.”
Importava-se de explicar porque razão a UE não pode ser (usado a sua metáfora) o tal “buffet”? E não é suposto um governo nacional defender em primeiro lugar os seus interesses específicos? Seria bom que se dignasse a esclarecer estas questões.
“Ed Fabius Miliband Maximus” de Fernando Gabriel (Gerontion)
[A] descrição de Ed Miliband como um representante do sindicalismo trabalhista não é coerente com o seu currículo político. É verdade que é um protegido de Tony Benn e de Neil Kinnock, o que lhe assegura impecáveis credenciais junto da ala sindical do partido. Por outro lado, é também um ex-aluno da LSE, o berçário intelectual da Fabian Society, onde, aliás, fez questão de apresentar a sua candidatura à liderança trabalhista. Além disso, na passagem pelo governo de Brown, Ed Miliband distinguiu-se pela defesa de um amplo programa de acção política a pretexto das “alterações climáticas”, um exemplo claro de racionalismo fabiano em acção. Isto significa que a caracterização de Ed Miliband com base na oposição dual entre sindicalistas e intelectuais é inconsistente: o novo líder trabalhista usou a sua “filiação” ideológica no movimento sindical para estabelecer uma base de apoio interna, mas conquistada a liderança partidária não é forçoso que prossiga uma agenda típica dos anos 70: tal como Harold Wilson, é possível que faça uma vénia circunstancial à extrema esquerda sindical, sem necessariamente comprometer o centro esquerda, vital para a elegibilidade nacional. Pode até combinar o estatismo que proporciona empregos à elite trabalhista nas organizações governamentais prestadoras de “serviços” que interessam sobretudo aos prestadores, com uma nova agenda de regulação de mercados que transfira poder negocial para os sindicatos. Daí que o alivio de alguns conservadores perante a eleição de Ed Miliband seja, no mínimo, prematuro. Quem programou a execução política do irmão David com a frieza e o método com que Ed o fez, será certamente um líder temível da oposição. Acresce que a coligação que apoia o governo de Cameron não é indestrutível e os tempos são propícios a demagogos: Ed Miliband pode muito bem provar a Blair, um dos mestres da demagogia, que está enganado.
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