Uma investigação ao braço financeiro do Hezbollah no New York Times
Last February, the Obama administration accused one of Lebanon’s famously secretive banks of laundering money for an international cocaine ring with ties to the Shiite militant group Hezbollah. (…) One agent involved in the investigation compared Hezbollah to the Mafia, saying, “They operate like the Gambinos on steroids.”
“Os Bárbaros” de Fernando Gabriel (Diário Económico)
A confusão dos noruegueses perante o “drama no paraíso” seria menor se compreendessem que a afluência não é um seguro contra a barbárie mas pode tornar-se numa das suas manifestações e que nem o mais conformista sistema de “socialização” consegue sublimar todos os instintos de violência. Anulado o sentido de transcendência, restam poucas vias para os descontentes. Uma é a via contemplativa, prosseguida por Thomas Mann e centrada no comprazimento estético e lânguido pela decadência identitária. Outra é a via da acção fanática, teorizada por Georges Sorel e centrada na afirmação do poder regenerativo da violência. Aliás, os que procuram utilizar as vítimas de Oslo como “mártires” do multiculturalismo, deviam notar que Sorel percorreu com à vontade os discursos marxista, anarquista e fascista: no fanatismo da violência, a ideologia é meramente circunstancial. É por isso que o reforço da pressão do sistema de “socialização educativa” anunciado pelo primeiro-ministro norueguês e apoiado pelas boas consciências é um convite à repetição de eventos semelhantes. Um cínico diria que esse é o objectivo: criminosos como o sr. Breivik servem o propósito útil de dissipar a entropia acumulada pelo “sistema-fechado” do conformismo e o horror perante as consequências da violência fanática proporciona o pretexto ideal para o avanço continuado da “visão” política
Obama declarou o mundo “um lugar mais seguro”. Obviamente não está e a conclusão não depende de conjecturas sobre presumíveis “retaliações”: é a intervenção militar sancionada por Obama no norte de África que está a tornar o mundo mais perigoso, ao terraplanar os destroços dos autoritarismos árabes, sem a mínima ponderação sobre os prováveis beneficiários do vácuo político. O chamado “levantamento árabe” devolve vastas extensões territoriais à condição de territórios tribais e na Líbia, tal como no Iémen, emerge uma das mais antigas e perigosas tradições do mundo islâmico: a combinação do espírito de revolta tribal com um sentimento de revivalismo religioso. As consequências da destruição na última década do remanescente do equilíbrio governativo nos territórios tribais recebido pelo Paquistão do Raj britânico é uma antevisão do Iémen e da Líbia da próxima década: durante algum tempo, as tribos rivais liquidar-se-ão mutuamente, até aparecer uma figura de autoridade religiosa -ironicamente, o termo árabe designador da virtude de sabedoria religiosa é baraka- que denunciará a impiedade dos tempos, unificará os beligerantes sob uma causa puritana e indicar-lhe-á a casa do inimigo a destruir.
Sinceramente, não compreendo o incómodo causado pela celebrações públicas da morte do líder da Al Qaeda. Eu sei que o acto tem será simbólico que outra coisa mas, precisamente, é um marco na luta contra o terrorismo islamita. Procurar algum equivalente moral entre estas a celébrações públicas da barbárie terrorista do 11 de Setembro (eu recordo-me de algumas) parece-me sintoma de um grave desarranjo na cadeia de valores.
Geert Wilders começa hoje a ser julgado pelas acusações de “incitamento ao ódio racial [!!!] e discriminação de muçulmanos“. Adormecidas pelo politicamente correcto e pelo multiculturalismo, as democracias ocidentais desistiram de lidar com as verdadeiras ameaças à liberdade preferindo restringir a liberdade de expressão para tentar aplacar a ira dos islamitas.