Contrariamente ao que diz o Bernardo Pires de Lima, há uma excelente razão para um eventual governo de direita não reconduzir a actual Minsitra da Cultura. Desde logo por discordar da lógica que “o Estado tem de estar sempre onde os bens meritórios não funcionem com a lógica do mercado”“. A ideia que um mercado ideal (genericamente falando) deve recompensar o mérito está errada e abre caminho a todo o tipo de intervenção discricionária. Como refere a Ministra os critérios para definir o mérito continuarão a ser definidos na esfera política o que resultará num direito quase ilimitado à intervenção estatal. Bastar-lhe-à decidir que o mérito artistico de determinado projecto ou criador artistico não estão a ter o reconhecimento que lhes é devido.
Se bem que de forma mais mitigada (por falta de verba?) a Ministra continua a defender o papel director do estado e a subsidiação na área da cultura. Um governo de direita faria muito bem em não reconduzir a actual Ministra e extinguir o actual ministério.
Publicado no Insurgente a 24/03/2010