Tivesse sido outro o “alvo” da Sra Merkel e já teriamos uma dura reacção do socialismo nacionalista português. Ainda assim, estranho a falta de empenho na defesa da despesa pública como “motor do desenvolvimento”.
Alberto João Jardim deu instruções aos departamentos do governo regional da Madeira para dar “prioridade às empresas que actuam” no arquipélago.
Ilegalidades à parte, estou curioso para ver a reacção dos neo-proteccionistas a esta medida jardinista. Por muito que tentem negar, Alberto João Jardim tem implementado todas as políticas que eles defendem, criticado o liberalismo e resistido austeridade que eles dizem ser a origem de todo o mal. Continuo sem perceber a repulsa que lhes causa.
A propósito do aumento da taxa máxima de IVA de 16 para 22% na Madeira, a jornalista da TSF garantia que iria implicar um aumento de 30% no preço final.
Pese embora confesse necessitar de ajuda financeira “como de pão para a boca”, Alberto João Jardim garante que não vai assinar m programa de assistência financeira “inexequível”. O que no dicionário albertojoãojardinista corresponde à imposição de qualquer tipo de limites ou controlo externo sobre a despesa pública o endividamento.
Para além das habituais e inconsequentes ameças de independência não sei quais serão os seus planos de contingência. Talvez planeie recriar o extinto regime comunista albanês que a facção UDP do BE garantia ser o “sol da terra” e o “futuro da humanidade. Tal como estes, os madeirenses poderão gozar assim a sua plena soberania e manter o regime socialista, longe do colonialismo português. Talvez encontre aqui aliados para o seu projecto. (Bastante) Pobrezinhos mas honrados.
Nota: Custou mas, finalmente a esquerda começa a reconhecer Alberto João Jardim como um dos seus.
E ninguém se indigna pela falta de solidariedade do governo português e dos contribuintes continentais que impoem a austeridade e a perda de soberania à Madeira?
Participam nos campeonatos nacionais 50 equipas madeirenses, muitas com atletas estrangeiros, em diferentes modalidades: 16 em basquetebol, 14 em futebol, oito em ténis de mesa, cinco em andebol, quatro em voleibol e três em hóquei em patins(…) Os apoios aos clubes estão inscritos no orçamento regional de 2011 que destina ao desporto 47,3 milhões de euros(…).
Será lícito que aqueles que defendem subsídios públicos na cultura critiquem os subsídios aos clubes desportivos na Madeira? Afinal de contas a sua cessação poderá por em causa a prática desportiva do povo madeirense (e de alguns estrangeiros mas convém não irem por aí senão ainda vos acuso de xenofobia).
PS: sem prejuízo de continuarem a denunciar estes desperdícios madeirenses será que os media podiam também revelar os subsídios concedidos por outros autarcas?
Em todos estes anos, já devo ter escrito por diversas vezes acerca da ambiguidade do estatuto dos deputados em Portugal. Se por um lado a CRP lhes confere um mandato nominal por outro são eleitos em listas partidárias sem que o eleitor tenha possibilidade de seleccionar o destino do seu voto. Dado que a colocação num lugar elegível ou a simples inclusão nas listas depende da direcção partidária (e não são permitidas candidaturas independentes) a fidelidade dos eleitos será em primeiro grau para com quem lhe possa garantir o acesso e a continuidade ao assento parlamentar. E não me refiro aos eleitores. Penso também já ter sugerido que em vez dos actuais 230 deputados bastaria ter na AR um representante de cada partido correspondendo a cada um a proporção dos actuais eleitos. (E dada a poupança obtida até podiam realizar os plenários no Gambrinus.)
Ora a Assembleia Regional da Madeira acaba de por fim a esta ambiguidade. Uma proposta aprovada pelo PSD permite que um deputado vote por toda a bancada parlamentar. Para efeitos de quorum aplicar-se-à a mesma regra. Espero que, em consonância, se proceda à dispensa dos 39 deputados excedentários.
NOTA: Aproveito para recordar que existem, a nível internacional, outras opções para o voto múltiplo.
Jardim “chuta” crise e gasta três milhões em iluminações de Natal
É assim que se combate a crise. Pelo menos segundo algund “especialistas”
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